terça-feira, 29 de março de 2016

Por que ocupar as bibliotecas?

março 29, 2016

Estamos passando por um  processo histórico de revolução tecnológica, ou como dizem os livros de geografia, ''uma revolução tecnocientífica informacional''. Em outras palavras, é a terceira revolução industrial que chega com novas tecnologias e rapidez na circulação de informação, alterando todo o mecanismo da sociedade, isto é,  as nossas relações econômicas, institucionais e sociais. Como este processo pode interferir em nosso comportamento quanto sociedade, indivíduo, instituição, ou até mesmo em nossas bibliotecas?
A biblioteca  nasce a partir da materialização do discurso oral na Antiguidade da sociedade ocidental e apesar da grande diferença estrutural e histórica, é interessante estabelecer uma comparação com os tempos atuais. Hoje, vemos a adaptação dos livros físicos para  E-books, tornando uma nova maneira de readaptar a leitura, contudo; e a biblioteca pública? como ela está se readaptando a estes novos processos?
Existe um estereótipo forte das bibliotecas: é aquele lugar obscuro, antiquado e com a senhorinha antipática bibliotecária que usa um mega coque e óculos de grau. Como todo estereótipo, é uma mera projeção generalizada no imaginário público.Vemos o mundo mudar e com o protagonismo da internet, estamos contestando o tempo todo o imaginário comum. Mas as instâncias de poder, podem e devem atualizarem seu discurso e prática diante destas transformações.
As iniciativas propostas pela Secretaria Municipal de Cultura de SP e os Sistema Municipal de bibliotecas, que envolvem a programação das próprias bibliotecas se alteraram, integrando-se de fato a produção cultural dos equipamentos públicos da cidade. Outra iniciativa para trazer mais usuários é a própria disponibilização do Wifi nas redondezas das bibliotecas. A tecnologia não é nossa arquiinimiga, muito pelo contrário! É um instrumento para estimularmos a presença da sociedade nos espaços públicos.  Mas só as iniciativas para atrair usuários basta? Nope! 
É necessário inserir o protagonismo do próprio usuário nas decisões das bibliotecas para que as transformações ocorram.
Quem tem que estimular isso? A prefeitura? O governo do estado? 
Os dois. As bibliotecas devem comprometer-se em trazer os usuários para suas instâncias. E a programação e atuação nas redes sociais, devem ser os principais instrumentos para trazer os usuários.  Através da organização de eventos, integração de coletivos culturais e a própria participação do usuário no processo de construção da programação .
 É necessária a participação da sociedade civil  para transformar internamente esses equipamentos, sabendo das limitações burocráticas impostas pela própria instituição.
Uma ação que pode ajudar bastante nesse processo, além de frequentar, é cobrar das próprias bibliotecas uma ''prestação de contas'' com o conselho participativo de seu bairro. Entender como se dá a dinâmica de estruturação da programação, repasse de verbas e afins. Acompanhamento das instâncias municipais é fundamental! 
Converse com os funcionários e mobilize-se para participar da construção da nova cara da biblioteca!


Como funciona SMB (Sistema Municipal de Bibliotecas) ?

''(...) 51 bibliotecas públicas nos bairros,
6 bibliotecas centrais (Biblioteca Infantojuvenil Monteiro Lobato, Biblioteca Mário de Andrade e quatro bibliotecas do Centro Cultural São Paulo),
46 bibliotecas dos CEUs,
1 biblioteca do Arquivo Histórico Municipal, 
1 biblioteca do Centro Cultural da Juventude,
1 biblioteca do Centro Cultural da Penha,
1 biblioteca do Centro de Formação Cultural Cidade Tiradentes. 



Bibliotecas de Bairro
São Paulo tem à disposição cinquenta e uma bibliotecas espalhadas pelos bairros da cidade que oferecem livros de literatura e informação, revistas, gibis, mangás, multimídia e outros. Doze delas fazem parte do projeto de Bibliotecas Temáticas, que tem acervo e atividades específicas nas áreas de poesia, cinema, música, cultura popular, ciências, meio ambiente, contos de fada, literatura fantástica, literatura policial, arquitetura e urbanismo, cultura afrobrasileira e direitos humanos. Além dos serviços de consulta, empréstimo e orientação à pesquisa e leitura, promovem atividades culturais.''



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